Nossa sociedade precisa de ações para curar uma "doença infecciosa" que é a deficiencia de respeito, juntos podemos fazer campanhas e palestras para a prevenção desse mal que atinge muitas pessoas com carência de valores.
“RESPEITO NÃO TEM COR”
Justificativa:
Mostrar a importância de respeitar as diferenças é uma lição que deve ser ensinada desde a Educação Infantil.
Devido a atitudes discriminativas que permeiam em todos os níveis de ensino torna-se importante trabalhar em sala de aula sobre o preconceito e suas manifestações.
No campo educacional há necessidade de promover o respeito e o convívio com as etnias, partindo de ações e práticas educativas significativas para os alunos na qual possam debater e refletir suas atitudes e melhorá-las.
Com o projeto “Respeito não tem cor” pretendo estimular a valorização da identidade racial dos alunos provocando a reflexão sobre as diferenças raciais e a importância de cada um no processo de construção do nosso país.
Objetivos:
- Este projeto pretende contribuir na superação das desigualdades nas relações étnicos raciais do ambiente escolar:
- Levar os alunos a superarem mitos e combaterem atitudes discriminatórias envolvendo valores e respeito mútuo na prática diária de uma educação no respeito às diferenças;
- Mostrar a importância de respeitar as diferenças é uma lição que deve ser ensinada desde os primeiros anos de escolaridade;
- Estimular aos alunos a conhecerem e utilizarem formas de intervenção individual e coletiva sobre as atitudes preconceituosas e discriminatórias, agindo com respeito às diferenças étnico-raciais, principalmente valorizar a identidade em relação ao negro.
Público-alvo:
Destinados aos alunos das 4ª Séries e 5º Ano do Ensino Fundamental I, equipe pedagógica e comunidade escolar.
Atividades a serem desenvolvidas:
- Rodas de conversas sobre o que os alunos sabem e não sabem sobre preconceito e discriminação;
- Pesquisas sobre o preconceito, coleta de depoimentos sobre vivências de discriminação;
- Leitura e análise de alguns artigos sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos;
- Estudos de músicas e poemas, fazendo releituras para ilustração de mural;
- Confecção de cartazes que retratam a diversidade étnica brasileira e a cultura negra;
- Realização de brincadeiras e jogos da cultura africana, como a confecção de máscara africana com o saco utilizado para pão;
- Confecção do jogo africano Kalah feito de caixas de ovos como se fosse um tabuleiro e simula o plantio de sementes, esse jogo estimula a atenção e concentração.
- Exposição das atividades realizadas, danças e músicas.
Recursos:
Livros didáticos e de literatura, filmes, murais, seqüências didáticas, caderno de anotações compartilhado entre todos, questionários de diagnóstico, acompanhamento e avaliação.
Resultados Esperados:
Mudanças de comportamentos e atitudes positivas em sala de aula, auto-aceitação e compreensão do aluno em relação às diferenças étnicas, desenvolvendo respeito mútuo e solidariedade.
Cronograma:
Será executado no segundo semestre do ano letivo encerrando – se no Dia Nacional da Consciência Negra com exposições das atividades alusivas à comunidade escolar.
As atividades serão propostas semanalmente em caráter flexível e interdisciplinar.
Desenvolvimento:
1º Momento: Diagnóstico
Para levantar os conhecimentos dos alunos sobre o assunto lançarei a pergunta: O que você sabe sobre preconceito e discriminação? Partindo dessa pergunta, solicitarei aos alunos que expressem suas idéias e pensamentos. Durante as falas irei registrando na lousa as idéias principais dos alunos e após iniciamos um debate.
Solicitarei que na próxima aula tragam recortes de revistas, jornais e outros materiais que abordem o preconceito e racismo.
2º Momento: Pesquisa
Em grupos os alunos irão ler o material coletado e refletir sobre os textos e mensagens contidas. Em seguida farão um texto coletivo nos grupos para o mural da escola. Esta atividade proporciona que os alunos concluam as definições sobre o preconceito e a discriminação e reflitam formas de combater.
3º Momento: Conceitos
Através de revistas e jornais os alunos deverão trazer para a sala de aula recortes de figuras de pessoas diferentes e de pessoas que admiram, diferentes vestes, religiões ente outras.
Os alunos deverão separar as imagens dos ídolos e as demais figuras de acordo com os critérios utilizados por eles. Com essa atividade falaremos sobre os tons de pele, listagem de ídolos negros que conhecem, a importância das diversas culturas como a música, a dança, a arte e as comidas conhecidas.
4º Momento: Sensibilização
Leitura do livro “O Menino Marrom”.
Através de conversa informal os alunos deverão expressar suas opiniões experiências de discriminação na escola ou outro lugar devido a sua cor da pele ou outra característica, vivenciados ou presenciados por eles.
Leitura e debate do artigo1º e 9º da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
5º Momento: Conscientização
Leitura “Na minha escola, todo mundo é igual”.
Em grupos os alunos se organizarão com produções de textos coletivos referentes ao combate do preconceito e discriminação, como proposta cada grupo levará a mensagem para outras salas de aula e para os funcionários.
6º Momento: Cultura
Leitura do livro “Como As Historias Se Espalharam Pelo Mundo”
Em rodas de conversas falaremos sobre a cultura africana, jogos e brincadeiras, músicas e danças, arte culinária.
Vou sugerir aos alunos a confecção de um jogo parecido com o xadrez o jogo africano Kalah, feito de caixas de ovos como se fosse um tabuleiro e a confecção de máscara de saco de pão.
7º Momento: Envolvendo o pais
Em a sala de aula os alunos irão fazer um texto individual pontuando os dizeres “O que eu sei e o que eu não sabia sobre o preconceito e discriminação” e levarão para casa no qual deverá fazer a leitura para os pais e solicitar que abaixo do seu texto escrevam sua opinião sobre o assunto.
Ao final juntaremos os textos e confeccionaremos um livro.
8º Momento: Preparação da exposição
Leitura do livro “Convivendo a as diferenças”
Mesa redonda sobre as opiniões dos pais sobre assunto.
Em grupos os alunos irão organizar a exposição e o material que irão utilizar como cartazes, artesanato, danças afro brasileiras como capoeira (é uma luta disfarçada de dança), samba, carimbo, frevo, pagode, bumba meu boi, e outros.
Definição do horário da escola aberta e convite a comunidade para encerramento do projeto.
Avaliação:
Será através da observação na diminuição de atitudes discriminatórias e preconceituosas na escola e os registros dos alunos no livro compartilhado.
Referências:
BARBOZA, Rogério Andrade, Como As Historias Se Espalharam Pelo Mundo, Editora DCL, Ed. 2002
MACHADO, Ana Maria. Menina Bonita do Laço de Fita. São Paulo: Melhoramentos.
RAMOS, Rossana. Na minha escola, todo mundo é igual. São Paulo: Cortez, 2004.
UNICEF, Convivendo a as diferenças, Guia da Criança Cidadã, Editora Ática, Ed. 2003
ZIRALDO. O Menino Marrom. São Paulo: Melhoramentos, 1986
Autora: Maria José de Araújo Pereira